O Estado do Paraná apresentou sua nova Política Estadual de Ciência e Tecnologia (Pecti), que estará em vigor até 2030. O documento foi aprovado por unanimidade durante a 31ª reunião do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia. A política estabelece diretrizes para a aplicação de recursos públicos em projetos que atendem às demandas sociais, com foco em inovação e desenvolvimento tecnológico.
A elaboração do Pecti foi conduzida pelas secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI). O processo contornou uma consulta pública que registrou 415 participações, incluindo representantes de institutos de ciência e tecnologia, órgãos estaduais, empresas e a sociedade civil.
O documento está estruturado em oito capítulos e abrange 12 eixos estratégicos, como pesquisa científica, formação de capital humano, inovação e empreendedorismo, e modernização digital. Esses eixos visam fortalecer a integração entre o setor acadêmico e empresarial, além de promover a internacionalização dos negócios inovadores.
Entre os 13 desafios destacados pela Pecti, estão a popularização da ciência, a construção de centros de excelência em tecnologia e a integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas políticas estaduais. A política também busca fomentar a cultura de inovação e o empreendedorismo em todos os níveis de ensino.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destacou a importância do fortalecimento das universidades estaduais e dos programas de incentivo à ciência. Ele ressaltou que a nova política é um guia para o futuro do Paraná, promovendo a expansão do relacionamento entre academia e sociedade.
Marcelo Rangel, secretário de Inovação, afirmou que os desafios da Pecti já estão incorporados nas ações diárias do governo. Ele enfatizou que a política está alinhada com as prioridades dos paranaenses para investimentos em inovação, ciência e tecnologia, direcionando as ações governamentais para os próximos anos.
A implementação da Pecti exigiu que as secretarias estaduais definissem soluções e caminhos para alcançar os objetivos até 2030. O documento fornece indicadores e métricas para a avaliação das iniciativas, com o Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia responsável por monitorar os programas.
A nova política é um desdobramento das conquistas recentes do sistema de ciência do Paraná, que inclui programas como Ageuni e Paraná Empreende, além da criação de parques tecnológicos. A Pecti visa ampliar o modelo de investimentos públicos e privados, integrando conhecimento ao sistema produtivo e promovendo a transformação digital.