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A tecnologia que quer popularizar carros elétricos

A Ford anunciou na segunda-feira (13) a construção de uma nova fábrica de carros elétricos nos EUA, com investimento de US$ 3,5 bilhões. Junto da nova planta industrial, a empresa pretende implementar tecnologias ainda incipientes para a produção de baterias.

A ideia é que a tecnologia seja mais barata e dure mais tempo. A vida útil relativamente curta e os altos custos seguem como um impeditivo para a adoção massiva dos carros elétricos, que são menos poluentes do que os movidos a álcool, gasolina ou diesel e, dessa forma, contribuem menos para a mudança climática.

A nova fábrica da Ford


A nova fábrica da Ford será localizada no estado de Michigan, nos EUA. A construção do pátio industrial é fruto de uma parceria entre a montadora e a empresa chinesa Contemporary Amperex Technology, produtora global de baterias para carros elétricos.

O projeto vai custar US$ 3,5 bilhões de dólares. A expectativa é de que a produção comece em 2026, com 2.500 novos empregos para a região.

O anúncio da Ford é resultado direto de políticas do governo de Joe Biden para ampliar a produção de carros elétricos no país.

O democrata, por meio do IRA (sigla em inglês para Ato de Redução da Inflação), reduziu impostos e implementou empréstimos a juros baixos para empresas que queiram investir na produção de veículos elétricos e na ampliação do parque industrial americano.

Os EUA passaram, ao longo da segunda metade do século 20, por um processo de desindustrialização. Uma das áreas mais afetadas é o chamado Cinturão da Ferrugem, porção de estados no nordeste do país que era conhecida pela presença de grandes indústrias.

As principais causas foram a competição internacional e a transferência de fábricas para países com mão de obra mais barata, como México e China, além do surgimento de novos segmentos econômicos, como o setor de tecnologia da informação.

A desindustrialização gerou desemprego e inflação crescente. Com o IRA, sancionado em agosto de 2022, Biden espera reverter ou mitigar o processo e dar novo fôlego à economia dos Estados Unidos, priorizando investimentos em segmentos que contribuam para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. O conjunto de medidas foi considerado o maior pacote climático da história dos EUA.

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