Conforme expõe o empresário e fundador Aldo Vendramin, a busca por um agronegócio mais sustentável passa, inevitavelmente, pela adoção de energias renováveis no campo. O uso de fontes limpas, como a solar, eólica e biogás, já é uma realidade em diversas regiões do Brasil, tornando as propriedades rurais mais eficientes e autossuficientes.
Neste artigo elucidamos a importância e os destaques de uma energia limpa para o agronegócio a médio e longo prazo.
O papel da energia limpa no campo
A transição energética é um dos pilares do desenvolvimento rural sustentável. Ao substituir combustíveis fósseis por fontes renováveis, o produtor reduz emissões, corta custos e fortalece a imagem ambiental da sua marca. Junto a isso, a energia limpa garante estabilidade no fornecimento elétrico, especialmente em regiões afastadas dos grandes centros. A energia limpa diminui significativamente a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para metas globais de carbono neutro.

Segundo o senhor Aldo Vendramin, essa independência energética representa liberdade financeira e competitividade, pois o produtor passa a gerar e controlar o próprio consumo de energia. E os produtores que adotam energias renováveis têm mais facilidade para conquistar certificações verdes, acessar linhas de crédito rural sustentáveis e se posicionar em mercados internacionais que valorizam práticas ambientais responsáveis.
Energia solar: protagonista da mudança
Entre todas as alternativas disponíveis, a energia solar fotovoltaica é a que mais cresce no campo. Com a instalação de painéis solares, propriedades rurais conseguem abastecer estruturas como silos, sistemas de irrigação, bombas d’água e equipamentos de resfriamento, reduzindo significativamente a conta de luz e o impacto ambiental.
O Brasil se consolidou como um dos maiores destaques mundiais em energia solar, refletindo o avanço da sustentabilidade também no campo. O país já ultrapassou a marca de 3 milhões de sistemas de geração solar distribuída instalados, tornando essa fonte a segunda maior da matriz elétrica nacional, atrás apenas da hidrelétrica. A participação da energia solar na produção brasileira saltou de 1% em 2019 para cerca de 10% em 2024, impulsionada por produtores rurais e empresas que buscam eficiência e redução de emissões. Como menciona Aldo Vendramin, essa expansão demonstra o potencial do Brasil em unir inovação, independência energética e responsabilidade ambiental — um caminho que fortalece a competitividade e o futuro sustentável do agronegócio.
O retorno sobre o investimento em energia solar é rápido, e a durabilidade dos equipamentos garante economia por décadas, tornando a solução ideal para propriedades de todos os portes, como ressalta o empresário Aldo Vendramin.
Biogás e biomassa: aproveitando o potencial do agro
Outro exemplo de energia limpa vem do próprio setor agropecuário. Resíduos orgânicos, dejetos animais e restos vegetais podem ser convertidos em biogás ou biomassa, fornecendo energia térmica e elétrica para a propriedade. Essa prática, além de reduzir o descarte inadequado, gera uma economia circular, em que o que antes era resíduo se transforma em recurso energético.
O biogás é produzido pela digestão anaeróbica, um processo natural em que microorganismos decompõem matéria orgânica (como esterco animal, restos vegetais e resíduos agroindustriais) na ausência de oxigênio, este processo ocorre em um equipamento chamado biodigestor, onde a matéria orgânica é colocada e fermentada por várias semanas. O biogás pode ser usado para gerar eletricidade, calor ou combustível veicular e o biofertilizante que sobra pode ser utilizado no solo sendo rico em nutrientes e fechando o ciclo sustentável.
Já a biomassa é qualquer material de origem vegetal ou animal usado como fonte de energia. No agro, é comum o uso de bagaço de cana, palha, casca de grãos, madeira e restos de colheita, e envolve combustão direta, gerando calor ou vapor, ou por conversão térmica e química, que transforma o material em biocombustivel, como o etanal, biodiesel e pellets.
De acordo com o empresário Aldo Vendramin, o agronegócio brasileiro tem o potencial único de produzir a própria energia limpa — uma vantagem estratégica diante das exigências internacionais por sustentabilidade.
Benefícios econômicos e ambientais
A adoção de energias renováveis traz benefícios em múltiplas dimensões:
- Redução dos custos operacionais com energia elétrica.
- Valorização da propriedade rural e da marca do produtor.
- Conquista de certificações ambientais, como o Selo Verde e ISO 14001.
- Acesso facilitado a linhas de crédito sustentável, dentro das políticas do Plano Safra.
- Contribuição direta para a meta de carbono neutro do agronegócio brasileiro.
Conclusão
A transição energética do campo já começou, e quem investir em energia limpa estará na frente da transformação. Tal como considera o senhor Aldo Vendramin, o uso de fontes renováveis nas propriedades rurais simboliza o equilíbrio perfeito entre produtividade e responsabilidade ambiental. O futuro do agronegócio será de quem souber produzir com eficiência, e com respeito à natureza, fortalecendo o agro como protagonista da transição para uma economia verde.
Autor: Rollang Barros Tenis