Itaú Demite Funcionários com Base em Produtividade no Home Office

By Rollang Barros Tenis 3 Min Read

Imagem meramente ilustrativa

Itaú Demite Funcionários com Base em Produtividade no Home Office: Um Caso que Gera Debate sobre a Melhor Forma de Medir a Produtividade

A notícia recente do Itaú Unibanco demitindo aproximadamente 1.000 funcionários em regime híbrido ou remoto após uma avaliação da produtividade realizada com softwares de monitoramento instalados nos computadores corporativos gerou um grande debate entre profissionais e especialistas sobre a melhor forma de medir a produtividade. A instituição utilizou softwares como XOne, Time Doctor e Teramind para avaliar o desempenho dos funcionários, registrando informações como tempo de uso do computador, número de cliques e aplicativos acessados.

A legislação brasileira permite o uso desses programas, que são amplamente utilizados no mercado. No entanto, a questão é se esses softwares são realmente eficientes para avaliar a produtividade dos funcionários. A demissão de funcionários com base em dados coletados por esses softwares levanta preocupações sobre a forma como as empresas estão utilizando essas ferramentas. O Itaú afirmou que não considera exclusivamente o uso de mouse ou teclado como métricas e não realiza captura de telas, áudios ou vídeos.

O caso do Itaú também destaca a importância de se discutir sobre a melhor forma de medir a produtividade. Existem métodos confiáveis para avaliar o cumprimento de metas e resultados? Os softwares de monitoramento podem ser uma ferramenta útil, mas eles não são infalíveis. Alguns especialistas argumentam que esses programas podem ser utilizados de forma abusiva para controlar os funcionários e não para realmente melhorar a produtividade.

A demissão dos funcionários do Itaú também gera preocupações sobre as implicações legais dessa prática. A legislação brasileira protege os direitos dos trabalhadores, incluindo o direito à privacidade e ao respeito à sua integridade. O uso de softwares de monitoramento sem a devida autorização ou sem respeitar as leis trabalhistas pode ser considerado uma violação desses direitos.

O caso do Itaú é um exemplo de como a tecnologia pode ser utilizada para controlar os funcionários, mas também destaca a importância de se discutir sobre a melhor forma de medir a produtividade. As empresas precisam encontrar formas mais eficazes e éticas de avaliar o desempenho dos funcionários, respeitando seus direitos e garantindo que as ferramentas utilizadas sejam transparentes e justas.

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